Lyrics Engenheiros Do Hawaii

Engenheiros Do Hawaii

Infinita Highway

Você me faz correr demais

Os riscos desta highway

Você me faz correr atrás

Do horizonte desta highway

Ninguém por perto, silêncio no deserto

Deserta highway

Estamos sós e nenhum de nós

Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos

Nós só precisamos ir

Não queremos ter o que não temos

Nós só queremos viver

Sem motivos, nem objetivos

Nós estamos vivos e é tudo

É sobretudo a lei

Dessa infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidade

Eu não tinha nada, nada a temer

Mas eu tinha medo, medo dessa estrada

Olhe só, veja você

Quando eu vivia e morria na cidade

Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor

Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava

E à noite eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemos

Nós só queremos viver

Não queremos aprender o que sabemos

Não queremos nem saber

Sem motivos, nem objetivos

Estamos vivos e é só

Só obedecemos a lei

Da infinita highway

Escute, garota, o vento canta uma canção

Dessas que a gente nunca canta sem razão

Me diga, garota: será a estrada uma prisão?

Eu acho que sim, você finge que não

Mas nem por isso ficaremos parados

Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão

"Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre"

Se tanta gente vive sem ter como comer

Estamos sós e nenhum de nós

Sabe onde vai parar

Estamos vivos, sem motivos

Que motivos temos pra estar?

Atrás de palavras escondidas

Nas entrelinhas do horizonte dessa highway

Silenciosa highway

Eu vejo um horizonte trêmulo

Eu tenho os olhos úmidos

Eu posso estar completamente enganado

Eu posso estar correndo pro lado errado

Mas "a dúvida é o preço da pureza"

É inútil ter certeza

Eu vejo as placas dizendo

"não corra, não morra, não fume"

Eu vejo as placas cortando o horizonte

Elas parecem facas de dois gumes

Minha vida é tão confusa quanto a América Central

Por isso não me acuse de ser irracional

Escute, garota, façamos um trato

Você desliga o telefone se eu ficar um pé no saco.

Cento e dez, cento e vinte

Cento e sessenta

Só prá ver até quando o motor agüenta

Na boca, em vez de um beijo,

Um chiclet de menta

E a sombra do sorriso que eu deixei

Numa das curvas da highway